17 julho, 2005

[A Ti: não consigo reconhecer esta estranheza, assim como quase não me reconheço a mim. Vou tecendo pensamentos, tentando (em vão) dominar sentimentos, mas são eles que me dominam, e não sei quem eles são, tamanha é a estranheza e a incredulidade. A Ti, a quem já quis dizer tudo, não tenho nada a dizer, por ser tão confuso aquilo que (não) penso. Só temo que pessoas como tu consigam desalentar a alma sonhadora e apaixonada, que, afinal, sou EU que tenho. "Não és tu, sou eu". Sim, sem dúvida. Essa é, aliás, a minha única certeza. Lamento muita coisa, mas lamento acima de tudo que não tenhas estado à altura de tudo o que tinha para te dar. Continuo, tentando a infecunda tarefa de recolher sentido no que (não) aconteceu. Mas sei que esse dia chegará, e que aí serei ainda mais forte. E continuarei, então, o meu caminho, aspirando sempre os limites do impossível.]

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